Cálculo renal e urolitíase são os termos médicos usados para designar as pedras nos rins.
Os rins têm como função equilibrar o volume de água no organismo e filtrar algumas das impurezas que circulam na corrente sanguínea, produzindo a urina. Ela fica armazenada na bexiga e é posteriormente eliminada do corpo.
Quando pequenos cristais (que podem ser resultantes, por exemplo, do próprio processo de filtragem do sangue que possui um excesso de certas substâncias, como o cálcio e o ácido úrico) se aglomeram e formam pedrinhas, que ficam alojadas nos rins e em outras partes do sistema urinário, a pessoa é diagnosticada com cálculo renal.
Existem quatro tipos de cálculo renal. São eles: cálculo de cálcio (é o mais comum), cálculo de cistina (que surge em pessoas com uma doença renal crônica chamada de cistinúria), cálculo de estruvita (os que mais crescem e podem bloquear os pontos do sistema urinário onde se encontram) e o cálculo de ácido úrico, que é mais comum nos pacientes do sexo masculino.
Os rins funcionam como dois grandes filtros do sangue. Além de água para formar a urina, eles retêm diversos elementos, como cálcio, ácido úrico e oxalato. Quando essas moléculas aparecem em grande quantidade e há pouco líquido para dissolvê-las, surgem cristais ou agregados que se avolumam e viram os cálculos. A maioria dos casos de cálculo renal ocorre por falta de água para diluir a urina adequadamente. Porém, há um grupo de pacientes que mesmo bebendo bastante água ao longo do dia continua a formar pedras. São as pessoas com alterações na composição natural urina, apresentando excesso de sais minerais, em geral, excesso de cálcio. A quantidade de cálcio na urina é tão grande que mesmo com um boa ingestão de água este ainda consegue se precipitar.
Um paciente que tenha eliminado cálculo de cálcio, tem a probabilidade de formar outro cálculo em 15% em um ano e 80% em dez anos. A dieta é um fator preponderante no controle do problema. Para evitar a cristalização dos sais, o organismo precisa de água, portanto a regra básica é manter uma boa ingestão de líquidos, cerca de 3 litros por dia. Deve-se atentar para a cor da urina, que deve ser clara, e para o odor da mesma, que deve ser fraco. Reduzir a ingestão de sal, embutidos, enlatados e alimentos com alto teor de sódio também é aconselhado. Alimentos com alto teor de oxalato, como espinafre, nozes, pimenta e chá preto devem ser evitados quando existe para pacientes com propensão à formação de cálculos. Pessoas com alta concentração de ácido úrico no sangue devem evitar consumir cerveja, carne vermelha e frutos do mar. Especialistas recomendam, ainda, cuidado com os suplementos de cálcio, pois a sobrecarga deste elemento pode resultar em problemas renais.
Quando é pequena, abaixo de 5 milímetros , a pedra tem boas chances de ser expelida naturalmente , cm o uso de medicações adequadas e orientação médica.
Dependendo do tamanho, procedimentos entram em ação para fragmentar o cálculo e viabilizar sua eliminação. Uma das opções é a litotripsia extracorpórea, porém com resultados pouco satisfatórios. Nela, ondas eletromagnéticas atingem o cálculo e o destroem dependendo da localização e de sua densidade.
A técnica percutânea, é feita uma incisão nas costas do paciente e um aparelho penetra na pele até atingir o rim para retirar o cálculo. O procedimento exige internação e é destinado a cálculos múltiplos e volumosos.
Hoje a técnica mais usada é a uretero-nefrolitotripsia que destrói os cálculos com o laser. Nesse método, porém, dependendo do tamanho do cálculo , pode ser necessário repetir o procedimento , pois às vezes, uma tentativa apenas é insuficiente. O pós-operatório compensa, porque a pessoa recebe alta mais rapidamente.